Menino autista de 4 anos é encontrado amarrado em banheiro de escola no PR
Um menino de quatro anos, diagnosticado com autismo nível 3 e não verbal, foi encontrado amarrado a uma cadeira dentro do banheiro de uma escola particular de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (PR). O caso foi registrado na segunda-feira (7) pelo Conselho Tutelar e Guarda Municipal (GM) no bairro Iguaçu, que foram até a escola após denúncia anônima.
O menino de apenas 4 anos foi encontrado com os punhos amarrados por um barbante e uma cinta apertada em sua cintura dentro do banheiro da escola. A responsável, uma professora da instituição, foi presa em flagrante pelo crime de tortura. A coordenadora da escola também foi levada à delegacia, mas acabou liberada após prestar depoimento.
📰LEIA MAIS: Copel se pronuncia sobre prestador de serviço indiciado por estupro
"Nunca presenciei algo assim. Ela (a criança) estava de roupa, mas era um ambiente gelado. Aqui já tem feito muito frio e, dentro do banheiro, não sabendo por quantas horas aquela criança permaneceu ali dentro, a gente não tem como dimensionar", disse o conselheiro tutelar, Vanderlei Chefer, à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná.
Segundo a advogada da família, o garoto frequenta a escola há três anos, e os pais não imaginavam que ele poderia ser vítima de violência dentro do ambiente escolar.
“Os pais não sabiam e tomaram conhecimento pelo Conselho Tutelar. A Guarda Municipal pegou a escola em flagrante. Ele estava amarrado no banheiro. Uma criança de quatro anos, com nível 3 de autismo, e que frequenta a escola há três anos. Quando o Conselho se deparou com a criança amarrada, comunicou os pais”, afirmou a advogada Daniely Mulinari.
Os pais estão inconsoláveis e pedem justiça. “Nenhuma mãe vai imaginar que acontece isso em uma escola. Estou muito indignada e quero que todos sejam presos e a escola feche”, disse Mirian De Oliveira Ambrósio, mãe do menino, a rádio Band News, de Curitiba.
O pai da criança também desabafou. “É um absurdo. Uma total falta de humanidade. Eles reclamavam do comportamento dele. Mas nunca falaram que não tinham condições de ficar com ele. A gente não sabe desde quando ele estava passando por essa situação. Eu ainda não consegui digerir isso. É uma sensação de injustiça e pura maldade”, declarou Augusto Ambrósio.
O menino foi retirado da escola e, segundo os pais, será acompanhado por uma nova psicóloga para avaliação do impacto emocional causado pelas agressões.
Paulo Sergio de Carvalho - Por que Ciro Gomes Impõe Tanto Receio à Esquerda Brasileira?
Mauro Benevides - Decoro parlamentar vilipendiado
Tom Barros - A retomada de um sonho tricolor